SOBRE O LIVRO
O final do séc. XVI e o início do séc. XVII representaram um reajustamento do quadro do Atlântico para a monarquia dual ibérica, a que a Ilha da Madeira respondeu projetando os seus quadros para Lisboa e Madrid, tal como para os domínios ultramarinos da coroa castelhana. Filipe II de Castela, ao tomar posse do trono de Portugal, abrira os seus vastos reinos ultramarinos aos portugueses, registando-se, quase de imediato, a presença de madeirenses nos vários vice-reinos castelhanos da América Latina. Num curto espaço de tempo as igrejas madeirenses apareciam dotadas de vastos tesouros em prata e proliferaram as oficinas de prateiros no Funchal.
A situação altera-se nos meados do séc. XVII, não conseguindo a união ibérica responder aos vários desafios de concorrência que lhe foram colocados e levando à separação de Portugal. Um novo reajustamento teve de ser então efetuado no Império Português, que se voltou, novamente, para o quadro do Atlântico, quase abandonando o Índico, mantendo a Madeira a sua tradicional centralidade nesse enquadramento.
SOBRE O AUTOR
RUI ALEXANDRE CARITA SILVESTRE é professor emérito e catedrático aposentado de Arte e Design da Universidade da Madeira, onde exerceu funções de vice-reitor e pró-reitor para a área de projetos científicos, continuando a lecionar como docente convidado pro-bono. Foi professor convidado da Universidade de Pisa, em Itália, e assessor para a recuperação de património na Universidade de Santa Catarina, no Brasil, onde voltou a trabalhar em 2019, no Rio de Janeiro, agora no grupo de trabalho do ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios), para a classificação de 19 Fortalezas Brasileiras como património UNESCO e no projeto de exposições Cidades Ibero Americanas integrante do programa RIO Capital Mundial da Arquitetura 2020-2021.
Em 2012, foi convidado a integrar um projeto similar, no sultanato de Sarjah, nos Emirados Árabes Unidos, que tem envolvido trabalhos de arqueologia nas antigas fortalezas portuguesas do Golfo da Arábia e a exposição IDENTITY AND CULTURE, SHARJAH ARCHAEOLOGICAL HERITAGE (UAE), inaugurada em 2019 no Museu Nacional de Arqueologia, no complexo dos Jerónimos, e vencedora de 5 prémios da APOM (Associação Portuguesa de Museologia).
Em 2013 escreveu, editado pela IMPRENSA ACADÉMICA, a obra COLÉGIO DOS JESUÍTAS - MEMÓRIA HISTÓRICA, o que constitui o primeiro passo para a abertura do antigo Colégio dos Jesuítas do Funchal ao público. Entre as suas publicações encontra-se a coleção História da Madeira, de seis volumes, que assinala o 6.º centenário do descobrimento das ilhas do Porto Santo e da Madeira.
Tem orientado teses de mestrado e de doutoramento em universidades portuguesas, italianas, espanholas e marroquinas, onde também tem integrado júris, especialmente nas áreas do Património Edificado, da Arquitetura e Urbanismo, da Arqueologia e das Artes Decorativas. É autor de cerca de 50 livros e catálogos, como cerca de 500 roteiros, artigos e comunicações editadas em várias línguas.
DETALHES DO PRODUTO
ISBN: 9789899963849
Edição: 12/2016
Editor: Imprensa Académica
Idioma: Português
Dimensões: 175 x 245 x 30 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 316
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > História > História de Portugal