Descobrimento da Ilha da Madeira
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Descobrimento da Ilha da Madeira

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SOBRE O LIVRO

O (re)descobrimento da Ilha da Madeira continua a ser um tema que, 600 anos após o início da expansão portuguesa, ainda fascina os leitores. Com o objetivo de trazer ao público um dos testemunhos mais importantes da historiografia madeirense, apresentamos uma obra que adaptou o texto original do cónego da sé do Funchal, escrito ainda no séc. XVI, aos nossos dias. Desafiámos três personalidades da atualidade: os historiadores Cristina Trindade e Rui Carita; e o geógrafo Raimundo Quintal. Assim, passamos em revista ao testemunho dos primeiros dois séculos da História da Madeira, recuperando e explicando conceitos fundamentais, descodificando termos que já não fazem parte do quotidiano, incitando a discussão e a pesquisa de várias temáticas e apresentando centenas de ilustrações que levam o leitor a uma viagem única ao nosso passado. Acreditando que a História não é uma ciência que exalta biografias e se resume à memorização de datas e factos, deixamos ao leitor o prazer de descobrir um relato pioneiro, há muito tempo afastado do público.

SOBRE O AUTOR

Jerónimo Dias Leite, autor da obra Descobrimento da Ilha da Madeira e Discurso da vida e feitos dos capitães da dita Ilha, foi um clérigo madeirense, filho de Gaspar Dias, alfaiate, e de Isabel Fernandes. Foi, igualmente, irmão de Gaspar Leite, advogado, que por constar da lista dos que foram objeto de um imposto – o finto, que recaiu sobre os cristãos-novos residentes na Madeira em princípios do século XVII, estabelece para toda a família o estatuto de cristã-nova.
Da sua carreira eclesiástica sabe-se que passou alguns anos na vigaria de Arguim, a que se seguiu a de S. Jorge da Mina, após o que, depois de um período de residência em Oeiras, conseguiu ser provido numa meia-conezia na sé do Funchal, lugar que veio ocupar em 1572. O falecimento de um capitular abriu-lhe, contudo, muito rapidamente as portas a uma conezia prebendada, de que se tornou titular ainda nesse mesmo ano de 1572. De entre outras funções que desempenhou, podem salientar-se a de escrivão do cabido e a de capelão régio, estabelecendo-se esta última a partir de uma procuração de 1590, na qual é assim designado por uma testemunha. A data da sua morte permanece incerta, sabendo-se apenas que em 1593, o seu nome aparece pela última vez, a assinar um auto do cabido. Não se tendo encontrado o registo do seu óbito, é impossível assegurar onde ou quando faleceu, podendo apenas presumir-se que por não integrar a lista dos herdeiros de sua mãe, em testamento lavrado em 1598, e no qual figuram outros irmãos mas não ele, teria falecido em data anterior.

Aquilo que celebrizou Jerónimo Dias Leite não foi, no entanto, a sua carreira eclesiástica, mas sim o facto de ser um dos primeiros autores a legar à posteridade uma obra fundadora da historiografia madeirense - o Descobrimento da Ilha da Madeira e Discurso da vida e feitos dos capitães da dita Ilha, escrita aparentemente por solicitação de Gaspar Frutuoso que, residente nos Açores, lhe pedira que interviesse junto de João Gonçalves da Câmara, sexto capitão do Funchal, no sentido de lhe serem fornecidos os dados constantes de um documento conservado no arquivo da casa dos Câmaras, cujo autor seria Gonçalo Aires Ferreira, um dos companheiros de Zarco. A partir desse texto, Jerónimo Dias Leite, valendo-se de outros recursos, como sejam aos tombos das câmaras, por exemplo, conseguiu compor uma obra em onze folhas que largamente ultrapassava a fonte, composta apenas por três. O novo manuscrito, que narrava com mais pormenor a história do descobrimento do arquipélago e a vida e feitos dos seus capitães, estaria pronto antes de 1590, pois que Frutuoso abundantes vezes se lhe refere como fonte para o seu Livro Segundo das Saudades da Terra. Segundo Cabral do Nascimento, é provável que Jerónimo Dias Leite tenha, ele próprio, aumentado o seu texto inicial "para uso próprio", o que explicaria o tamanho que hoje tem a obra. Isto não significa porém, que Cabral do Nascimento aplaudisse o produto final, pois considerava que grande parte dos erros imputados a Frutuoso radicava no manuscrito do cónego madeirense a quem atribuía "a maior culpa em tudo o que Frutuoso conta de menos verdadeiro sobre a Madeira".
Não obstante esta opinião menos abonatória, o texto do Descobrimento… mantém-se, porém, ainda hoje, uma referência incontornável para quem se dedica ao estudo dos primeiros cento e cinquenta anos da história insular, conforme se comprova pelas abundantes vezes em que surge citado em trabalhos muito recentes.

DETALHES DO PRODUTO

ISBN: 9789892066370
Edição: 05/2016
Editor: Imprensa Académica
Idioma: Português
Dimensões: 201 x 228 x 18 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 164
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > História > História de Portugal