Vicente Jorge Silva
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SOBRE O LIVRO

Um menino que cresceu no mundo estático da fotografia, mas que se apaixonou pela imagem em movimento. Das histórias que fabricava na sua cabeça, passou a colocá-las no papel, sempre com o pragmatismo, a irreverência e a exigência que o caracterizaram. Tornou-se jornalista e marcou uma era do jornalismo português. Primeiro no Comércio do Funchal, depois no Expresso – onde coordenou a criação de um dos mais importantes projetos editoriais portugueses, a Revista do Expresso – e no Público, tendo sido um dos seus fundadores. No entanto, o cinema nunca deixou de ser a sua paixão.

Um contador de histórias, um cineasta dentro do corpo de um jornalista. Assim foi Vicente Jorge Silva.

VICENTE JORGE LOPES GOMES DA SILVA

​(Funchal, 1945-2020) foi um jornalista, cineasta e político madeirense. Pertencente a uma das mais prestigiadas famílias de fotógrafos nacionais, a casa onde cresceu à atualmente o Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s, que mantém o estúdio dos seus antepassados, fotógrafos oficiais da imperatriz Isabel de Áustria e da Casa Real Portuguesa.​ ​Chamado “Vicente” como os avós e “Jorge” como o pai, o jovem cedo desenvolveu​ ​uma paixão pelo cinema, começando por escrever críticas para o Jornal da Madeira​ ​nos tempos do Liceu. Pelos modos irreverentes e até por se mostrar contra a​ ​ditadura, no fim da adolescência foi enviado pelos pais para fora de Portugal,​ ​evitando perseguição política. Viveu e trabalhou no Reino Unido e em França e foi,​ ​aliás, em Paris que travou amizade com a escritora e ativista política Maria Lamas,​ ​ela própria perseguida pelo Regime.​ ​Em 1966, de regresso à Madeira, torna-se redator-chefe do Comércio do Funchal, a​​ quem chamavam “jornal cor-de-rosa”, devido à cor do papel de impressão, ligado à​ oposição à ditadura. Esta publicação chegou a ter uma tiragem de 15.000​ ​exemplares sob a sua liderança, estando presente nas bancas de várias cidades​ ​portuguesas, muito além do território madeirense. Em 2017, o Museu de Imprensa​ ​da Madeira realizou uma exposição,​ ​inaugurada a 20 de janeiro pelo próprio​ ​jornalista.​ ​Integrou várias outras publicações portuguesas, mas foi a sua passagem pelo​ ​Expresso e pelo Público que o tornaram conhecido da maior parte dos portugueses.​ ​No primeiro, Vicente Jorge Silva liderou a redação e foi um dos responsáveis pela​ ​criação da sua Revista. Esteve, posteriormente, envolvido na fundação do Público de​ ​que foi o primeiro diretor e onde, em 1994, cunhou a expressão “Geração rasca” a​ ​propósito do comportamento de alguns estudantes em manifestação contra as​ ​medidas tomadas pelo governo de Aníbal Cavaco Silva.​ ​A par do jornalismo, dedicou-se à sua paixão de juventude, assinado alguns filmes,​ ​curtas e longas-metragens, entre os quais Porto Santo (1997), com, entre outros,​ ​Ana Zanatti, Beatriz Batarda, José Eduardo e João Didelet. Esta longa-metragem​ ​filmada na ilha dourada integrou o Festival Internacional de Genebra.​ ​As eleições legislativas, de 2002, iniciariam o governo de Durão Barroso. Vicente​ ​Jorge Silva foi, então, eleito pelo Partido Socialista, como 9.º deputado pelo círculo de Lisboa na Assembleia da República, acabando por renunciar a meio do mandato.​ ​Após uma vida dedicada à comunicação e à luta pela liberdade de expressão,​ ​Vicente Jorge Silva faleceu com 74 anos de idade na cidade que o viu nascer.

SOBRE O AUTOR

RÚBEN CASTRO nasceu no Funchal, em 1990. Vive em Bruxelas, onde é o responsável pela política científica e comunicação da Federação Europeia de Academias de Medicina. Formou-se em Estudos de Cultura, na Universidade da Madeira, e em Jornalismo, na Universidade Nova de Lisboa. Encontra-se a terminar um mestrado avançado em Integração Europeia, no Instituto de Estudos Europeus da Universidade Livre de Bruxelas (VUB). Durante o seu percurso profissional desempenhou funções como produtor e jornalista, tendo também sido Assistente Parlamentar Acreditado no Parlamento Europeu, no gabinete da eurodeputada Liliana Rodrigues. Como voluntário, colaborou com a Académica da Madeira em diversos projectos, incluindo como editor de duas publicações académicas. Foi ainda, durante dois anos, Embaixador da Juventude da organização não-governamental ONE, focada no combate às desigualdades sociais e à pobreza extrema.

SOBRE O ILUSTRADOR

​​MANUEL SALVADOR ROLDÁN é um jovem designer gráfico e ilustrador espanhol,​ ​oriundo da cidade de Valência, na Espanha mediterrânica. É formado em Design eTecnologias Criativas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade Politécnica de​ ​Valência, tendo também estudado na Universidade da Madeira ao abrigo do​ programa ERASMUS+.​ ​A par do seu trabalho, dedica-se a pintar retratos, focando-se na figura humana e na​ ​sua representação. Recorrendo a pintura de técnica mista, realizou a ilustração desta​ ​biografia de Vicente Jorge Silva editada pela Cadmus, partindo, entre outras, de​ ​fotografias históricas da Photographia Vicente’s, disponibilizadas no repositório​ ​digital da Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira.

A coleção VIDAS (DES)CONHECIDAS

A coleção VIDAS (DES)CONHECIDAS nasce da vontade em investigar e homenagear as vidas de vários madeirenses que, em tantos domínios, se afirmaram como nomes incontornáveis, apresentando ou recordando aos mais jovens as suas biografias.

Inspira-se na coleção ILUSTRES (DES)CONHECIDOS, da IMPRENSA ACADÉMICA, que edita as obras de vários escritores da nossa terra.

ISBN: 9789899111028
Edição: 03/2023
Editor: CADMUS
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 230
Encadernação: Capa dura
Páginas: 36
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Infantis e Juvenis