SOBRE O LIVRO
A COLEÇÃO BALTAZAR DIAS surgiu integrada nas celebrações dos 130 Anos do Teatro Municipal Baltazar Dias. Após a publicação dos volumes dedicados a Baltazar Dias, Eugénia Rego Pereira, João de Nóbrega Soares e Florival de Passos, cujas peças se mantiveram inéditas até hoje.
Até quando um ser humano suporta a violência? Como sair de situações marcadas por anos de pressão física, psicológica e emocional? Até quando as vítimas sobreviventes conseguem resgatar, não apenas sonhos antigos, como também a esperança de os realizar? Haverá redenção para os agressores?
Contextualizada na esfera doméstica contemporânea, skylight assume-se como uma peça-denúncia, uma peça-grito, em que Florival, coagido pela mulher, Dalila, vai ao limite das suas forças para salvar a casa da família; onde um filho, Pedro, desempregado e ainda a viver com os pais se vê perdido na dinâmica tóxica daquele casamento sem amor.
Em última instância, skylight (claraboia, em inglês) remete para a necessidade de (re) ligação dos seres humanos com a Fonte Primeira, através dos livros e dos seus autores, fontes seculares de conhecimento e conselhos imemoriais. Algo que nos remete para uma última questão: qual o papel das palavras na salvação dos oprimidos?
SOBRE O AUTOR
Marcela Costa nasceu no Funchal em 1965. Licenciada em Belas-Artes, dedicou-se à banda desenhada, pintura e cenografia. Optou por dedicar-se à dramaturgia a partir de 1996. As suas peças foram levadas à cena por diversas companhias teatrais, como o Teatro dos Aloés, o Teatro das Beiras, entre outras. Das publicações, destaca-se a trilogia do jazz, publicada no livro Três Actos para um Blue (ed. Companhia das Ilhas, coleção azulcobalto teatro, 2017). A peça constante deste livro, skylight, anuncia um regresso ao texto de cariz mais contemporâneo e interventivo. É formadora de escrita criativa e de escrita para as artes cénicas.
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